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São Francisco de Assis (4 de outubro)

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São Francisco nasceu em Assis, cidade medieval da Úmbria, no centro da Itália, em 1182. O pai, notável comerciante, ambicionava que seu filho continuasse na mesma carreira, mas Francisco não possuía o perfil de comerciante. De gênio alegre e folgazão, sentia em si um forte pendor para os prazeres do mundo.  Quando jovem, sonhou com as glórias militares. Participou de uma guerra entre a cidade de Assis e a vizinha cidade de Perugia, mas não foi feliz. Acabou sendo preso e colocado em dura prisão, onde ficou sofrendo por um ano. Quando dava início a outra aventura militar, sentiu repentina crise de consciência que lhe questionava a validade das ações militares. Voltou logo para sua cidade natal e, aos poucos, foi amadurecendo nele uma radical conversão: Deus o chamava, não às vaidades do mundo, não à glória militar, nem à ambição do comércio, mas à imitação radical do Cristo pobre e crucificado. Depois de usar de misericórdia para com os leprosos (Testamento), converteu-se ao Evangelho e

São Vicente de Paulo (27 de setembro)

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São Vicente de Paulo, é uma figura notável na história da Igreja Católica e é venerado como o padroeiro da caridade e da assistência social. Sua vida exemplar é um testemunho de dedicação aos mais necessitados e uma inspiração para todos aqueles que buscam servir aos pobres e desfavorecidos. Vida e Vocação:   Vicente de Paulo nasceu em 24 de abril de 1581, na França, em uma família camponesa. Apesar de sua origem humilde, ele demonstrou grande aptidão acadêmica desde jovem e foi capaz de frequentar a universidade. Após concluir seus estudos, ele foi ordenado sacerdote e, por um tempo, levou uma vida confortável como capelão da nobreza. No entanto, sua vida tomou um rumo significativo quando ele foi capturado por piratas turcos e vendido como escravo na Tunísia. Lá, ele experimentou a dura realidade da pobreza e do sofrimento humano. Eventualmente, ele conseguiu escapar da escravidão e retornou à França profundamente transformado por suas experiências. A Obra da Caridade:  São Vicente d

São Mateus (21 de setembro)

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Mateus, o publicano, chamado também Levi, é um dos Apóstolos que também é Evangelista. É considerado autor do primeiro dos Evangelhos, o Evangelho segundo Mateus. Assim, a Igreja vive em Mateus sua dupla missão de Apóstolo e de Evangelista. Na comemoração dos Apóstolos está presente sempre a comemoração do próprio mistério da Igreja.  Mateus, porém, apresenta alguns aspectos próprios. Se São João, Apóstolo e Evangelista como Mateus, fez parte dos primeiros discípulos de Jesus, Mateus foi chamado mais tarde. Passou de cobrador de impostos a discípulo do Mestre, que lhe dissera: Vem e segue-me (Mt 9,9). O banquete que festejou sua vocação é o sinal do amor misericordioso de Jesus que chama os pecadores à penitência e celebra sua reconciliação com o Pai (cf. Lc 5, 27-32).  Mateus escreveu um evangelho em aramaico, mas nós conhecemos apenas a versão grega que, tradicionalmente, é apresentada como o primeiro dos quatro Evangelhos conhecidos, embora seja tido como posterior ao de Marcos pelo

Santo Agostinho (28 de agosto)

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Realmente, Santo Agostinho é modelo acabado de santo em vários aspectos. Em Agostinho se encontram, em rara síntese, o contemplativo, o teólogo, o pastor de almas, o catequista, o homiliasta, o mistagogo, o defensor da fé, o promotor da vida comunitária. E não devemos esquecer o penitente.  Aurélio Agostinho nasceu em Tagaste, na Numídia (África), perto de Hipona, em 354. É chamado Agostinho de Hipona, por ter sido bispo desta cidade, hoje Bona na Argélia. Filho de Santa Mônica e Patrício. Decisivo em sua vida, além do influxo de sua mãe, foi o encontro com o bispo Santo Ambrósio de Milão, de quem recebeu o batismo. Na juventude, feito catecúmeno, acabou adiando o batismo.  Agostinho teve uma mocidade inquieta, agitada pelas paixões e desvios doutrinais. Inteligência privilegiada, aguda, penetrante, depois dos desmandos da juventude, procurou a verdade e a redenção do seu espírito irrequieto através das filosofias, aderiu ao maniqueísmo, onde também não encontrou a verdade e a paz de e

Provérbios, 16:3

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  Postagem Fábio Fernandes

Nossa Senhora Aparecida: Por que a mãe de Jesus entrou para a história com mais de mil nomes

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Há mais de mil representações da Virgem Maria (Foto: Getty Images) São muitos nomes, muitas "nossas senhoras". Mas elas todas se referem a uma mesma pessoa, uma mesma santa católica? A resposta é sim. O que significa que Nossa Senhora Aparecida, cuja data se comemora em 12 de outubro é uma representação diferente da mesma santa que também pode ser chamada de Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora de Guadalupe, Nossa Senhora de Lourdes e tantas outras. Trata-se de Maria, uma jovem judia nascida em Nazaré há pouco mais de 2 mil anos, quando essas terras ao sul de Israel eram parte do Império Romano. Para o cristianismo, ela tem papel fundamental: tornou-se a mãe de Jesus Cristo. Chamada de virgem por dois dos evangelistas, Mateus e Lucas, acredita-se que ela tinha cerca de 15 anos quando ficou grávida — pela doutrina cristã, por obra do Espírito Santo, ou seja, sem ter tido relações sexuais com homem algum. Na época, Maria já estava prometida em casamento a José, um carpinteiro

Santos Anjos da Guarda (02 de outubro)

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A primeira manifestação de uma comemoração dos Santos Anjos da Guarda aparece em 1411 em Valência, na Espanha. Em 1590, o papa Sisto V concedeu a Portugal um Ofício especial. Da Espanha e Portugal esta memória passou para o Calendário romano, em 1608.  Creio que todos nos lembramos, na nossa infância, daquelas figuras da criança protegida por um anjo ao atravessar uma ponte arruinada! A comemoração dos Anjos da Guarda está mais na compreensão comum da fé do que no nível da discussão teológica.  A Igreja, em sua piedade, sempre acreditou na existência não só de anjos em geral, dos quais nos falam repetidamente as páginas da Sagrada Escritura, mas também de anjos destinados a guardar e proteger os homens na caminhada terrestre.  Na História da Salvação, Deus confia aos anjos o encargo de proteger os patriarcas, os seus servos (Sl 90, 11-13) e todo o povo eleito (Ex 23, 20-23). No Novo Testamento o papel dos anjos é mais claro. Os anjos anunciam o nascimento de Cristo e acompanham a vida